A população do Líbano está preocupada com o discurso, uma vez que o país tem um histórico de confrontos armados com Israel, todos os quais resultaram em grande destruição. O sul libanês sofre significativamente mais com a resposta israelense do que qualquer outra região do país, o que inclui uma ocupação de 15 anos por Israel, entre 1985 e 2000.
“Mesmo entre os apoiadores de Nasrallah, há pessoas que sentem que o sul do Líbano sempre lutou contra Israel e que, neste momento, não estamos prontos para uma guerra”, afirmou à emissora de TV árabe Al Jazeera um homem identificado só como Mohamad, residente do sul do Líbano. Ele não revelou o sobrenome, com medo de que o Hezbollah pudesse prejudicá-lo.
A violência entre Israel e o Hezbollah eclodiu pouco depois de o Hamas ter lançado um ataque-surpresa no sul de Israel, em que massacrou centenas de pessoas e sequestrou ao menos 239, segundo o último balanço. Cerca de 1.400 pessoas foram assassinadas na ofensiva terrorista.
O Estado judeu respondeu com bombardeios incessantes e o cerco total à Faixa de Gaza, impedindo o acesso de palestinos a produtos básicos, como água, comida, medicamentos, energia elétrica e combustível.
Embora centenas de caminhões com ajuda humanitária tenham entrado no território palestino pela passagem fronteiriça de Rafah nas últimas semanas, Israel impediu a entrega de combustível à região, alegando que isso poderia beneficiar o Hamas. Assim, vários hospitais tiveram que fechar as portas, e os poucos que ainda funcionam estão realizando procedimentos sem anestesia.
Nesta quinta-feira (2), o número de mortos na Faixa de Gaza chegou a 9.061, incluindo 3.760 crianças. Entre as vítimas estão os palestinos mortos após o ataque contra o campo de refugiados de Jabalia, no norte. Segundo o Ministério de Saúde de Gaza, 195 pessoas morreram e outras 777 ficaram feridas nessa ofensiva. Ao menos 120 pessoas estão desaparecidas sob os escombros.
Fonte: Gazeta Brasil
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