O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assume, nesta terça-feira (4/7), a presidência temporária do Mercosul. A transferência de comando do bloco econômico ocorre durante a 62ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Puerto Iguazú, na Argentina. Esta é a décima viagem internacional do mandatário brasileiro desde que ele assumiu o mandato, há seis meses.
A agenda de Lula na Argentina inclui, além da sessão plenária da cúpula do bloco, uma cerimônia de recepção e um almoço oferecidos pelo presidente do país, Alberto Fernández, às delegações presentes.
Segundo o Itamaraty, a principal mensagem que o presidente transmitirá na reunião de líderes do bloco – formado também por Argentina, Paraguai e Uruguai – é que a diplomacia brasileira prioriza a reconstrução das relações e parcerias com os vizinhos mais próximos.
Durante a gestão, o governo brasileiro deve reforçar a “vontade política” para destravar o acordo de livre-comércio com a União Europeia, emperrado há mais de duas décadas, e costurar outros tratados comerciais, na tentativa de reafirmar o protagonismo regional. A cooperação, no entanto, também vai além de agendas econômicas, englobando temas ligados a defesa, ciência e agendas socioculturais.
A crise econômica na Argentina deve figurar nos debates, em meio às tratativas de renegociação da dívida internacional. Outros temas, como a adesão de nações do continente ao bloco, também devem entrar em pauta. No entanto, o retorno da Venezuela ao grupo, apesar de ser do interesse do Brasil, não será discutido na Cúpula, conforme informações do Itamaraty.
A presidência temporária do grupo tem duração de seis meses. Uma vez na liderança do bloco, o Brasil vai organizar o fórum social, o fórum empresarial e a próxima cúpula do bloco em território brasileiro.
Segundo a embaixadora Gisele Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, o encontro desta terça é “ponto importante na reconstrução de relações diplomáticas e parcerias com seus vizinhos mais próximos, iniciada na posse do presidente Lula em janeiro”.
Acordo Mercosul-UE
O governo brasileiro espera, na liderança do bloco, conseguir concretizar o acordo de livre-comércio com a União Europeia, após novas negociações serem necessárias em razão de uma carta adicional enviada pelo bloco europeu.
Fonte: Metropoles
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