O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou na última terça-feira, 16, que irá implantar políticas públicas para enfrentar o declínio de natalidade no país. Em coletiva de imprensa, Macron revelou que pretende instaurar um “grande plano” para combater o “flagelo da infertilidade”. Ele chamou o projeto de “rearmamento demográfico”.
No ano passado, nasceram 678 mil bebês na França — 6,6% menos do que em 2022 e quase 20% menos do que em 2010, de acordo com o relatório demográfico anual do Instituto Nacional Francês de Estatística e Estudos Econômicos (INSEE).
Em números absolutos, calcula-se que entre 2022 e 2023 nasceram 48 mil crianças a menos em território francês. Ainda segundo o instituto, a atual taxa de fertilidade do país é de 1,68 filho por mulher.
Para incentivar as famílias a terem mais filhos, Macron adiantou que deverá implementar programas sociais como a “licença de nascimento”. O projeto terá duração de seis meses e deverá proporcionar uma “remuneração melhor” que a atual “licença parental”, que hoje paga até € 429 por mês (cerca de R$ 2,2 mil) depois do nascimento da criança.
Viés político
De acordo com a BBC, a esquerda do país reprovou o discurso do presidente e falou de uma “aparente mudança em seu equilíbrio político”. Muitos disseram que já suspeitavam da sua “inclinação” para as pautas da direita.
Já os comentários da direita se dividiram entre os que ficaram “encantados” com a “aparente conversão dos pontos de vista” de Macron e os que suspeitaram de que o posicionamento não passa de uma farsa.
Créditos: Revista Oeste
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